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segunda-feira, 9 de março de 2015

Até você chegar

Não consigo escrever sobre você, tenho vontade de apagar tudo o que eu já escrevi antes porque as coisas meio que perderam o sentido. Eu tento escrever e as coisas parecem repetitivas, mas é como se só agora eu soubesse do que to falando.
Nada em você é igual, nada do que você me fala, o modo como me trata, nem mesmo sua indiferença é comum. Tinha uma ideia muito torta sobre relacionamentos, eu acreditava que quando tivesse o controle de tudo, teria noites de paz. Aí acordei e percebi que não se pode controlar absolutamente nada, a vida vai acontecer de qualquer jeito, e "aconteceu tanto", que eu conheci você.
Por que?
Por que era você naquela sexta feira a noite? Era feriadão, por quê éramos eu e você em casa sexta a noite?
Esses dias eu te mostrei um pouco do nosso primeiro contato, e da até nostalgia, parece que tem tanto tempo, mas foi ontem. Você sempre falando da sua vida agitada, da militância, planos, UJS, e eu ali tentando não falar que eu lia a veja e amava bbb, pra você não desistir de mim. E você preocupado que eu não gostasse de você porque era comunista. Meu amor, eu gostei de você no primeiro "oi". Nada do que você dissesse mudaria isso. Eu não podia perde-lo.
Dia a dia rolando, você viajando e me trazendo presente. Você isolado num curso e me dando bom dia. Tudo muito bem guardadinho comigo. Até sua falta de tempo pra me ver sempre foi justificada. Te chamei pra passar um fds comigo e o que ganhei como resposta? Um aúdio sobre auto-estima baixa, sobre ter que estudar, sobre mil dificuldades como sempre. Mas eu sou motivada sabia?
Sou intensa, sou amor até meu último fio de cabelo.Sempre acredito no melhor, e por isso não desisto. Só quando me dizem que é pra fazer isso, porque felizmente não tenho saúde pra correr atrás do que foge de mim...
Surgiu então a Bienal né, 15 mil pessoas e você no telefone " vem pra fundição, eu to aqui". Ta de brincadeira comigo né? Mas eu fui. Te achei. Eu queria tanto aqueles abraços, aqueles cheiros que você tanto falava. Queria você, saber que cheiro você tinha, que gosto você tem. E toda aquela loucura mexeu demais comigo. Ir tomar banho e ouvir " aquela que é a namoradinha do Guapi", estar sendo analisada o tempo todo, será que eu sou boa o suficiente pra você? Acho que tenho direito ao "surto", não? Auto-estima, aonde você foi parar?
O tempo todo, a minha pergunta era a mesma: "o que eu to fazendo aqui?"
Quando de alguma forma a gente se estranhava e eu dizia que queria ir embora, era porque eu não tava mais aguentando a pressão. Você me apresentando meio mundo, e cada vez que fazia isso eu me sentia analisada de novo, era o típico " o que você ta fazendo com ela?".
Há muito tempo eu não sabia o que era me sentir insegura, muito tempo que não tinha neuras. A sua realidade, popularidade, tudo ao seu redor é muito "você".
Gostar eu assumo. Não meço distâncias, não calculo horas... eu quero o estar junto. Não precisa denominação, não precisa ter status, porque não se pode rotular sentimentos. Eu quero é o querer bem. Preciso de reciprocidade. Preciso de segurança, antes de qualquer outra coisa.
Eu não esqueço do que me disse sobre não implicar, que assim a gente iria se dar bem..."
Não me deixe a esmo...

Nunca ganhei flores

Nunca ganhei flores sabe. Não mentira, ganhei sim, uma única vez quando tinha 16 anos. Mas nunca ganhei um urso, chocolate fora da páscoa, bilhetes na bolsa. Essas coisas...
Sempre fui eu quem escrevia as cartas, que tentava fazer as surpresas, convidava pra jantar. Nunca conseguia, mas eu tentava.
Nunca comemorei um dia dos namorados. Meu ex dizia que isso era uma bobagem, uma data inventada pelo capitalismo. Teve um natal em que ele me deu dinheiro de presente, e disse que era pra eu comprar o que quisesse. Vai ver é por isso que ando flertando com o socialismo...
Mal sabe ele que a questão nunca foi o presente, mas sim a vontade de estar junto, de fazer o outro feliz. O esforço pra estarem juntos em momentos especiais.
O que eu sou hoje é puro reflexo disso tudo. Sinto falta das coisas que não vivi, anseio pelos momentos que não tive. E sofro.
Nunca foi o carro que me levava a praia, sempre foi o pôr do sol que assistíamos juntos.

Sobre essa fase

Tenho medo de coisas reais, passei a ter na verdade. Entrei numa fase em que eu só quero pessoas na minha vida, se for atrás de uma tela. As pessoas reais me cansam.
Um dia conheci um Deus numa balada e fiquei me perguntando o que ele tinha visto em mim... Um tempo depois ele sugeriu passarmos uma noite juntos e eu logicamente surtei. Coragem zero. Auto-estima no chão, gorda, cabelo estranho... Não fui! Dei várias desculpas, daí o cara me bloqueou sem nem imaginar o porquê disso tudo.
Depois disso ficou mais difícil ainda querer conhecer pessoas cara a cara, já vinha de uma série de fracassos. Tanta gente que me deixou pra voltar pra ex. Eu sou tão diferente de boa, que eles simplesmente preferem voltar pra ex, apesar de serem ex.
Acho que parei de querer conhecer qualquer tipo de gente, até que alguém teve a ideia de me falar sobre um tal site de relacionamentos. Aí veio uma nova forma de frustração, desconhecida até então na minha vida.
Conheci um cara fofo, mas que acumulava baba no canto da boca e me chamava de moxinha. Sim, com “x” mesmo! Depois um maluco que me deu boa noite e já pensava nos nomes dos nossos filhos, esse mesmo com tanta pressa me dispensou porque eu morava muito longe, porém, atualmente namora uma menina de outro estado. Vai entender.
Não desisti, surgiu um cara foda, intenso... passamos finais de semanas maravilhosos, no último conheci até a família. Na semana seguinte, adivinhem só... VOLTOU PRA EX!
Mãe Ariane não erra. Trago a pessoa amada de volta em 7 dias, ou menos.
Tava pensando em desistir sabe? Mas aí era feriadão, eu tava em casa numa sexta a noite e meu telefone tocou: “achou!”.
Ainda não consigo acreditar que ele me achou mesmo, ou que eu o achei, não sei.
Agora toda aquela insegurança ta maior do que nunca. Certas coisas parecem condicionadas na minha vida. To correndo atrás do diferente, do fazer melhor dessa vez.
É de tentativas que a vida é feita né? 

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