Tirou de mim a vontade de escrever, hora porque estava feliz
demais, hora porque o sofrimento não deixa.
Ficou pra traz todos os abraços que ganhei, todos os
"até logo" que não chegaram a ser... Deixou somente uma fotografia do
fim e uma caneta.
Não tiro a razão de quem me diz que sofri muito por tão
pouco, por ter sido pouco o tempo também. Eu sei que foi. Mas ninguém me
ensinou que tempo mede intensidade, que tempo mede sentimento. Só eu sei o peso
dos meus sentimentos. E não me falaram também o quanto dói perder quem a gente
ainda quer tão bem.
Levou a minha esperança por dias de calma, e ele sim os
terá.
Ficou comigo a certeza de que nada vai mudar, nem aqui... Nem
lá.
Ninguém entende que eu não sou de carne e osso.
Sou coração e palavras, sou caneta e papel.
Sozinha eu me entendo e me aceito melhor...