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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Clarice Lispector Invadiu aqui

“Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada.
Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram.
Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue; outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés.
Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido.
Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho... O de mais nada fazer.”


“Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de.
Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio “apesar de” que nos empurra para frente.
Foi o “apesar de” que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida.
Foi “apesar de” que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi. E desde logo desejando você...
... É o corpo que eu quero. Mas quero inteiro, com a alma também.
Por isso, não faz mal que você não venha, esperarei quanto tempo for preciso..”

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