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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Aquele abraço era o lado bom da vida

Ciúme não é ex.
Saudade não é ex, tampouco amor. Mas a vida da qual abrimos mão por um sonho (ou por um erro) é passado. E de escolhas e de perdas é feita a nossa história. Não há nada que se possa fazer a não ser carregar por um tempo um peso sufocante de impotência: eu escolhi que aquele fosse o último abraço. Agora é outra que se perde em ombros tão largos, tomara que ela não se perca tanto ao ponto de um dia não enxergar o quanto aquele abraço é o lado bom da vida. Da vida que te desemprega mesmo depois de tantas noites em claro e de tantos beirutes indigestos. Da vida que te abre uma porta que você jura ser a certa mas quando resolve entrar descobre duas crianças brincando na sala e uma mulher esperando no quarto. Da vida que te confunde tanto que você quer se afastar de tudo para entendê-la de fora. Da vida que te humilha tanto que você quer se ajoelhar numa igreja. Da vida que te emociona tanto que você não quer pensar. Da vida que te engana. Aquele abraço era o lado bom da vida, mas para valorizá-lo eu precisava viver. E que irônico: pra viver eu precisava perdê- lo. Se fosse uma comédia-romântica-americana, a gente se encontraria daqui a um tempo e eu diria a ele, que mesmo depois de ter conhecido homens que não gritavam quando eu acendia a luz do quarto, não amavam os amigos acima de, não espirravam de uma maneira a deixar um fio de meleca pendurado no nariz, não usavam cueca rosa, não cantavam tão mal e tampouco cismavam de imitar o Led Zeppelin, não tinham a mania de aumentar o rádio quando eu estava falando, não ligavam se eu confundisse italiano com espanhol e argentino, nomes de capitais, movimentos artísticos, datas de revoluções e nomes de queijo, era ele que eu amava, era ele que eu queria.

(autor desconhecido)

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Sem pressa

Eu prefiro morrer sua amiga do que quebrar algum elo misterioso e te perder para sempre. Te perder como sempre…
Tenho vontade de perguntar baixinho: você não gosta nem um pouquinho de mim? Nem sequer um tiquinho?
Eu sempre me apaixono por você.
Todas as vezes que te vi, eu sempre me apaixonei por você.
Eu nunca vou entender. Eu nunca vou saber porque a vida é assim. Eu nunca vou entender porque a gente continua voltando pra casa querendo ser de alguém, ainda que a gente esteja um ao lado do outro. Eu nunca vou entender porque você é exatamente o que eu quero, eu sou exatamente o que você quer, mas as nossas exatidões não funcionam numa conta de mais.
Você me lembra o mistério da vida…é assim que a gente faz com a nossa própria existência: não entendemos nada, mas continuamos insistindo.
É isso, sei lá, mas acho que amo você. Amo de todas as maneiras possíveis. Sem pressa, como se só saber que você existe já me bastasse. Sem peito, como se só existisse você no mundo e eu pudesse morrer sem o seu ar. Sem idade, porque a mesma vontade que eu tenho de te beijar em qualquer lugar eu tenho de passear de mãos dadas com você empurrando nossos bisnetos. E por fim te amo até sem amor, como se isso tudo fosse tão grande, tão grande, tão absurdo, que quase não é. Eu te amo de um jeito tão impossível que é como se eu nem te amasse. E aí eu desencano desse amor, de tanto que eu encano. Ninguém acredita na gente: nenhuma terapeuta, nenhum parente, nenhum amigo, nenhum e-mail, nenhuma mensagem de texto, nenhum rastro, nenhuma fofoca e, principalmente (ou infelizmente): nem você.
Mas eu te amo também do jeito mais óbvio de todos: eu te amo burra. Estúpida. Cega. E eu acredito na gente. Amo você, mesmo sem você me amar. Amo seus rompantes em me devorar com os olhos e amo o nada que sempre vem depois disso. Amo seu nada, apenas porque o seu nada também é seu.
Amo tanto, tanto, tanto, que te deixo em paz. Deixo você se virando sozinho, se dobrando sozinho. Virando e dobrando a sua esquininha. Afinal, por ela você também passou quando não me quis mais, quando não quis mais a minha mão pequena querendo ser embalsamada eternamente ao seu lado.

(Tati B.)

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

E me desejem sorte.

Não sei exatamente em que lado estou precisando mais...

Preciso acabar com essa dúvida por uma questão de oportunidade. Pra não perde-la.
Há anos que ela vive comigo, me acompanha nas crises do dia a dia, vive meus dramas, faz carinho na minha cabeça, pega na minha mão no cinema e ainda levo pra bancar o namorado nas baladas da vida. Tudo isso sem um único beijo. Ta, até teve o dia do carro, mas foi só.  Aí você descobre num momento de descontrole, de ausência de controle, e repare que não são a mesma coisa... Que vocês deveriam ficar juntos, mais do que deveriam, vocês merecem ficar juntos.
Tanta coisa dita e depois retirada, justificada pelo excesso de bebida. Mas afinal é pra desconsiderar pelo excesso ou porque são mentiras?
Tem tanta coisa bonita querendo acontecer, tantas fantasias pedindo para serem realizadas... E eu to aqui com esse medo de dizer tudo o que to sentindo, e você aí me evitando porque eu não disse nada quando você quis ouvir. É a segunda vez que me apaixono por você e escolho não me apaixonar. É a segunda vez que você vem pra mim em pedaços e eu não tenho coragem de te montar.
Eu queria que fosse fácil, que você não fosse você... Que você fosse só mais um que poderia partir meu coração e depois ir embora sem nenhuma culpa. Eu queria ser só mais uma que poderia não corresponder as suas expectativas e isso não te frustrar.  Mas não somos essas pessoas... Nós somos aqueles pra quem sempre voltamos e contamos “não deu certo mais uma vez...” E depois ficamos rindo, tentando entender porque o mundo é tão babaca e as pessoas conseguem nos perder.
Você é o cara certo, eu sou a garota certa.
E eu cansei de esconder de meio mundo o quanto eu sempre fui apaixonada por você e transformei meu afeto em amizade pra não te perder, pra não virar estatística. O quanto eu sempre fui apaixonada por você e isso justifica todo o meu ciúme e insegurança.
Mas agora as cartas estão na mesa.
E se não for bem assim, mal também não há de ser.





quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Faz de conta que não acontece...

Nunca pensei que não seria boa o suficiente para alguém. Nunca pensei que alguém mexeria tanto com a minha auto-estima como você tem feito.
Tem despertado em mim o meu pior, ta causando um transtorno e nem se da conta.
Eu só queria um pouquinho de paz nesses dias tão frios, eu queria alguém que ficasse do meu lado nesses dias de tanta gente indo embora. Eu idealizei meu príncipe, eu criei um faz de conta as avessas...
E Deus sabe o quanto era melhor ter continuado idealizando, enquanto era sonho eu era feliz. Se tornou realidade e eu deixei de ser.
Não sou boa o suficiente para conhecer os amigos, mas sou boa pra dormir com você numa quinta a noite. Não sou boa para curtir a balada ao seu lado, mas sou excelente para ir embora dela com você.
Eu sei quando sou boa pra você... eu sei quando te convém ser bom pra mim.
Eu nunca vou entender o porque das suas amiguinhas vazias e oportunistas serem melhores que eu. Nunca vou entender porque você joga todas as suas frustrações nos meus ombros e pra elas apenas joga beijos.
Não vou entender porque você tem tanta necessidade de se auto-afirmar o rei da noite e acordar com essa ressaca vazia, sem ter alguém pra te chamar de príncipe encantado.
Eu nunca vou entender porque você não se prende ao que te faz bem, mas não consegue soltar o que só te faz mal...

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