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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Feliz natal

Escrevo a mão porque tenho a impressão de que fica menos impessoal, fica mais “eu” e menos distante.
Te escrevo porque enfim é natal, porque estamos longe, porque tenho coisas boas pra te desejar e porque já tenho saudades.
Esse foi um ano de muitas histórias na minha vida, dias difíceis e tumultuados. Agora com você os dias são doces, a vida com você é doce. E contrariando toda a crendice, doce demais não enjoa.
Queria te dizer que o carinho é tamanho e só faz crescer, que quando acordo você é o meu sinal de bom dia, é a vontade que me acompanha todo o dia. Eu me encho de esperança ao seu lado... E não quero continuar só sendo, quero que você também encontre tudo isso em mim e o que mais achar necessário.
Você me põe em dúvidas, em provações o tempo inteiro. Nossas diferenças gritam, mas eu sou teimosa porque estar com você é maior que isso também.
Fica com meu coração porque eu sei que você vai faze-lo feliz.
Fica comigo  porque eu te quero bem.
Deus te escolheu especialmente para mim, meu presente maravilhoso. E como já te disse, tenha fé em nós, porque a minha transborda.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O eu te amo veio tarde demais

Um dia de sol, um sorriso constante e alguém dizendo que a gente não precisava falar nada, que o jeito como nos olhavamos dizia tudo.
São tantas as opções e você me escolhe sempre, são tantos os caminhos e você com essa mania de sempre voltar pra mim. Espalhando aos quatro ventos o quanto eu sou legal, o quanto somos parceiros, que só eu te aceito com tantos erros... Me afirmando que nunca foi tão feliz, que comigo é tão melhor e agora descobriu que me ama.
Mas agora?
Agora o que eu faço com esse amor?
Nossas concepções sobre amar no fim acabam sendo as mesmas. É um eu te amo tão sincero, uma vontade de ver o outro bem, feliz, sem egoísmo. Mesmo sabendo que talvez a felicidade signifique não ficarem juntos, se preservarem.
Não da pra saber o que fazer com tudo isso. Não da pra dormir sem saber o que esperar e acordar com você se dando conta de tudo o que sente. Com você jogando tudo isso na minha mão. 
Você não podia ter explodido isso na minha vida.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Eu te quero como meu ponto final

Eu me descubro ainda mais feliz a cada pedaço seu e de tudo o que é seu. Eu amo tanto o seu banheiro com as combinações em verde e a chuva fina do chuveiro, que chorei essa manhã enquanto você tomava taffman-e e ouvia música eletrônica.
Às vezes você é tão bobo, e me faz sentir tão boba, que eu tenho pena de como o mundo era bobo antes da gente se conhecer. Eu queria assinar um contrato com Deus: se eu nunca mais olhar para homem nenhum no mundo, será que ele deixa você ficar comigo pra sempre?
Eu descobri que tentar não ser ingênua é a nossa maior ingenuidade, eu descobri que ser inteira não me dá medo porque ser inteira já é ser muito corajosa, eu descobri que vale a pena ficar três horas te olhando sentada num sofá mesmo que o dia esteja explodindo lá fora. E quando já não sei mais o que sentir por você, eu respiro fundo perto da sua nuca, e começo a querer coisas que eu nem sabia que existiam.
Quando a gente foi ver o pôr-do-sol na Praça pôr-do-sol, eu, você e a Lolita, a minha cachorrinha mala, e a gente ficou abraçado, e a gente se achou brega demais, e a gente morreu de rir, eu senti um daqueles segundos de eternidade que tanto assustam o nosso coração acostumado com a fugacidade segura dos sentimentos superficiais. Eu olhei para você com aquela sua jaqueta que te deixa com tanta cara de homem e me senti tão ao lado de um homem, que eu tive vontade de ser a melhor mulher do mundo.
E eu tive vontade de fazer ginástica, ler, ouvir todas as músicas legais do mundo, aprender a cozinhar, arrumar seu quarto, escrever um livro, ser mãe. E aí eu só olhei pra bem longe, muito além daquele Sol, e todo o meu passado se pôs junto com ele. E eu senti a alma clarear enquanto o dia escurecia.
Eu te engoli e você é tão grande pra mim que eu dedico cada segundo do meu dia em te digerir. E eu não tenho mais fome, e eu tenho que ter fome porque eu não quero você namorando uma magrela. E eu sonhei com você e acordei com você, e eu te olhei e falei que eu estava muito magrela, e você me mandou dormir mais, e me abraçou. Eu preciso disfarçar que não paro mais de rir, mas aí olho pra você e você também está sempre rindo. Se isso não for o motivo para a gente nascer, já não entendo mais nada desse mundo. E eu tento, ainda refém de algumas células rodriguianas que vez ou outra me invadem, tentar achar defeito na gente, tentar estragar tudo com alguma sujeira. Mas você me deu preguiça da velha tática de fuga, você me fez dormir um cd inteiro na rede e quando eu acordei o mundo inteiro estava azul.
Engraçado como eu não sei dizer o que eu quero fazer porque nada me parece mais divertido do que simplesmente estar fazendo. Ainda que a gente não esteja fazendo nada.
Eu, que sempre quis desfilar com a minha alegria para provar ao mundo que eu era feliz, só quero me esconder de tudo ao seu lado.
Eu limpei minhas mensagens, eu deletei meus emails, eu matei meus recados, eu estrangulei minhas esperas, eu arregacei as minhas mangas e deixei morrer quem estava embaixo delas. Eu risquei de vez as opções do meu caderninho, eu espremi a água escura do meu coração e ele se inchou de ar limpo, como uma esponja. Uma esponja rosa porque você me transformou numa menina cor-de-rosa.
Você me transformou no eufemismo de mim mesma, me fez sentir a menina com uma flor daquele poema, suavizou meu soco, amoleceu minha marcha e transformou minha dureza em dança. Você quebrou minhas pernas, me fez comprar um vestido cheio de rendas e babados, tirou as pedras da minha mão.
Você diz que me quer com todas as minhas vírgulas, eu te quero como meu ponto final.     (Tati B)

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